sábado, 25 de junho de 2011

Diário de Bordo (parte III)

O carão do Steven Tyler  tá me encarando. As capas da Rolling Stone sempre me foram atrativas e perceber que a revista aqui na América é menor do que aquela coisa grande e desengonçada foi um alívio e um embaraço. Por que diabos é tão grande no Brasil? A Men’s Health, para alívio geral, é no mesmo formato. Não, não estou num consultório de dentista, vir até os Estados Unidos para isso seria simplesmente errado. Estou em San Francisco.
A viagem foi tão curta e eu acabei dormindo tanto que meus planos de escrever, mais uma vez, durante o vôo foi frustrado e trocado por uns roncos e mais uma passada na discografia do Oasis (sempre presente em viagens mais longas). San Francisco é um lugar fabuloso, ainda mais fabuloso que a fabulosa Las Vegas, e isso é dizer muito. O clima urbano e a proximidade do mar com certeza são grandes atrativos, mas esse frio desgraçado em pleno verão é um verdadeiro inferno. Qualquer brisa um pouco mais forte e eu sinto os ossos congelando. A cidade é muito bonita também. Há tempos atrás, quando visitei aqui pela primeira vez, ouvi dizer que San Francisco tem um “quê” de New York. Imagino que seja verdade.
Eu tentei tirar umas fotos para captar a essência da cidade, mas todas me pareceram muito comuns e nada reveladoras, então eu lembrei que sou um péssimo fotógrafo e Deus sabe como eu consegui passar (mais uma vez) por essa matéria na faculdade. Apesar de tudo, eu me esforço e acho que até consegui fazer um trabalho decente. De onde estou, dá pra ver a Bay Bridge (não faço a menor idéia se é esse mesmo o nome da ponte ou se é assim que se escreve. É uma ponte branca), que é uma versão genérica da famosa Golden Gate, mas com a vantagem de ser do outro lado da rua e um ponto turístico menos badalado. San Francisco é demais, eu já disse isso? A cidade exala um ar encantador, por mais gay que isso possa soar. Qualiás, ela é também a capital dos gays na América, ou foi o que disseram. Aparecer com minha sunguinha preta e estrear meu brinco de ouro branco na orelha direita aqui realmente não teria sido uma boa idéia. Esquecer a sunguinha preta foi providencial pois o brinquinho já estreou. A quantidade de japoneses por aqui também é gritante, quanto asiático!
Eu andei quase 10 quilômetros visitando restaurantes, mercados e gift shops. Isso é uma coisa impressionante. Eu quase não percebi a distância, foi tudo tão agradável e natural que se minha tia não houvesse me dito o quanto andamos eu nem teria notado, talvez fosse melhor assim. Meus joelhos teimam em doer. Malditos joelhos de menininha. Vou voltar à minha posição inicial no sofá: largado de qualquer jeito; é a melhor posição para se assistir a um filme e apesar de não estar passando algo decente, esse Far Cry vai ter que servir, já morreram umas 15 pessoas e nem 20 minutos de filme transcorreram. O filme promete. A noite “franciscana” me aguarda, então depois que terminar o filme e minha tia e seu namorado acordarem, que venham os agitos. É isso.

Um comentário:

  1. Eric,

    Espero que a convivencia com "Paulistas"e principalmente CORINTHIANISSIMOS" mude sua opinião dos mesmos. Mesmo tao longe da nossa patria mãe gentil, mantemos nossa afinidade aos irmãos. Corinthianos sao rotulados de tantas coisas de forma pejorativa por pura inveja de uma nação unida, fiel e inegualavel! Faço um desafio!
    Venha a Sampa, que te levo num jogo do TIMÃO e verá que é diferente.
    Amanhã temos um dia de picina no Aria e discutiremos o assunto.

    Abraço

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